Um soldado veterano para um aventureiro:
no final da guerra, meu comandante reuniu muitas peças de ouro saqueadas das cidades vencidas e as fundiu em uma única barra, tendo me ordenado a ajudá-lo a transportá-la num veículo militar através das inóspitas areias do deserto.
Ainda muito longe de casa e já sem combustível, abandonamos o veículo, ocultamos a barra de ouro na areia e elaboramos um minucioso mapa do local.
Caminhamos por muito tempo, mas o velho comandante não resistiu à jornada e eu cheguei em casa sozinho, trazendo o mapa.
Se você aceitar, podemos voltar ao deserto e recuperar a barra de ouro, nas seguintes condições:
darei uma cópia fiel do mapa e lhe levarei ao local, onde escavaremos a areia até encontrar a barra de ouro. Quem encontrá-la primeiro será o dono incontestável do tesouro.
Fizeram o pacto e foram para o deserto, onde começaram a escavar a areia. O veterano reencontrou a barra de ouro más, avaliando a dificuldade de carregá-la sozinho, manteve sigilo e propôs ao aventureiro: ouça, como a barra é muito pesada e ficaria penoso para um de nós levá-la sozinho, não seria melhor carregá-la juntos, e dividir seu valor pelos dois?
O aventureiro considerando que assim seria lesado caso encontrasse primeiro, retrucou protestando:
Não, trato é trato. Quem achar primeiro é dono!
O veterano calou-se e deixou o aventureiro continuar procurando, até gritar: Achei e é somente minha! Logo preparou algumas alças com a corda que havia levado, e cavando um fosso na areia junto a barra ainda semi-encoberta, ajoelhou-se no fundo do fosso, ajustou as alças, e ergueu-se com a pesada barra de ouro pendente dos ombros e apoiada às costas. Dirigiu-se sofregamente rumo à Cidade, sem dirigir uma única palavra ao veterano, que o seguiu com passos comedidos.
Caminharam, caminharam, caminharam até que o aventureiro faminto, sedento e exausto, caiu sobre a areia inclemente, e faleceu por inanição a uma distância da cidade, compatível com a escassa reserva de energia do veterano, que até ali tinha viajado sem sobrecarga.
No campo dos confrontos,
uma verdade se torna tão preciosa,
que precisa ser protegida
por uma legião de mentiras.
W. Churchill.
Conhecerás a verdade,
e a verdade vos salvará.
Jesus Cristo.
Por Sônia Bruno:
ResponderExcluira liberdade consiste na capacidade para agir ou não, sem qualquer intervenção.
A verdade justifica-se no princípio de todas as coisas, que às vezes encontra-se escondida por detrás das aparências.
Podemos manifestar nossos desejos e aspirações e ainda temos o direito de desfrutar do que a vida nos oferece, mas devemos estar sempre atentos aos nossos vícios e pecados.
O reconhecimento da verdade corresponde a uma libertação.
"A semente é livre,mas a colheita obrigatória"
Que bela lição. Compartilhar, dividir, ditribuir... grande estratégia de ação!
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